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É urgente

Tenho essa sensação com as redes sociais. Parece que se não estou online estou perdendo alguma coisa importante. Existe um sentimento de urgência, como se cada segundo desconectado fosse um escape de tempo. É como se perdêssemos coisas importantes o tempo todo, perdemos aquela notícia que todo mundo está falando, perdemos a live daquele artista que todo mundo gosta (mas a gente nem sabe se gosta mesmo), perdemos o destaque, os stories, as histórias dos outros, perdemos de postar, de fotografar, de ganhar likes, corações, aceitação. Cada segundo conta para não ser esquecido, para não ser obsoleto, descartado em meio a tantas opções e coisas mais "importantes"... mas advinha?! - coisas importantes estão sendo perdidas por aí o tempo todo como a gente temia. Coisas importantes se perdem porque o tempo não para, e assim colecionamos desilusões e saudades que nem se sabe ao certo porque estão lá, uma saudade que vem dessas coisas perdidas. Uma dança no meio da sala de casa, um

Em mim

Me sinto presa, na solidão da casa me sinto presa fora de mim tomada pela inércia de servir. Para quê? Um futuro? Preciso me libertar, ser presente em mim mesma, estar no meu presente Preciso me libertar.

Conectados

Hoje estamos longe, mas só em pele, em mãos e abraços Estamos perto de uma conexão vital aquela que te acorda para o pertencimento. Se pertencemos, resistimos. Mas existimos para essa nova conexão?

Lentos dias

Estranhos dias, lentos dias o sol brilhando lá fora sem chuva, sem frio ou calor demais algumas pessoas perdidas ainda se movem, ainda fingem - o invisível não chegou aqui, o invisível não existe - Da minha janela eu lamento lamento não, eu grito por dentro, grito aos corações blindados tento chegar com poesia aonde me permito chegar na preservação da minha própria sanidade Sinto tanto que as vezes dói e eu mesma também finjo, no calor da minha casa, eu finjo, mas a alma grita aquilo que a mente não quer pensar - qual o limite? onde vamos chegar? - Aqui, no incio da jornada minha cabeça gira como se já estivesse lá Estranhos dias, lentos dias O sol brilha lá fora e aqui dentro a tempestade nem pensa em parar.

Me conecto

Não é sempre, não é como a gente espera É quando (e só quando) Me conecto, me encontro, me misturo com a tua alma, me perco na tua mente, Só assim meu corpo sente, é esse o meu normal É como eu sou, coisa e tal. E te digo que sempre fui assim, não se frustra não, não é você, não sou eu, não é nada, é como as coisas são Então.. deixa acontecer, me faz acontecer, mas respeite os meus sinais, respeite o meu espaço e a minha melancolia porque só assim meu amor vive, se harmoniza, se realiza, se faz.