Imaginários e Sons

Sentia a necessidade de escrever pousando sobre meus dedos gelados para aquecer coração, alma e mãos sempre penso e escrevo as vezes solitariamente outras, com alguém ao meu lado alguém que não vê intertido em outros afazeres com um cão, talvez mas a solidão aparente não me abate me sinto confortada e quente em saber que alguém me vê mesmo não lendo meus pensamentos não sabe dessas minhas aflições momentâneas O cotidiano é cruel nos faz ter a impressão de que estamos dentro da normalidade quando a humanidade se destrói dentro e fora de nós Parei para me aquecer os dedos senti o coração frio em pensar coisas que vejo nas ruas coisas cotidianas, pessoas, calçadas, descalças, vivendo sobrevivendo é o inverno... tem quem goste, tem quem sofra

Acordou sem saber nada do futuro que te aguarda e a incerteza desses ventos novos momentos Cabia pouco dentro de ti do esforço que te faz sorrir dessa tua vida cotidiana de cor insana Ventos incertos te parecem incorretos dentro do quarto sombras do corredor ventos incertos mas ainda estou por perto olhe no espelho descarte o que passou --

Em que momento perdemos a conta dos nossos erros? Quando foi que deixei de estranhar o mundo? Crianças nas ruas parece normal Adultos estranhos, não me assusta mais Mais nada me assusta. Já não olho pro lado, minha sensação de lucidez A distancia que nós mesmos criamos para justificar a falta ou o excesso.