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Mostrando postagens de 2018

Na parte de mim que se soltou

Soltos os caminhos não se cruzam Perdidas essas sinas não se desfazem Mares de vazio no coração E eu ainda procuro a minha parte Na parte de mim que se soltou Solidões e saudades amargaram Percebo quantas coisas me escaparam Entre os dedos da fria mão que sufocou Cabe pouco na pequena história, Sentimentos ainda não aprendidos Resolvem-se tristemente em sonhos e na agitação de ventos não navegáveis Coisas que só sei sem querer Coisas que não sei como fazer E em cada palavra que ressoa Essas incertezas que me matam, vem de você

melancolia

Feliz melancolia, da vida certa a magia do prático e do certo - a quem eu engano? - é praticamente tédio das coisas que afastei e afasto por temor de todo o terror, de todo o divino, perco o melhor naquilo que evito por esse mesmo tremor tão melancolicamente sem sentido.

E se rosa não é a tua cor?*

E se rosa não é a tua cor? rosa não é porque da cor nada resta senão um gemido de luz. Esse rosa que nos cerca já foi redoma e prisão, hoje é a parte do prisma onde habita nossa paixão. Toda cor é o que nos afeta somos aquilo que nasce para ser, que se expande na luz difusa de uma aquarela.

Meditação

Baixa luz, baixa frequencia. No som batucado a foz da nossa consciencia. A busca... inocência de alma limpa. Nessa meia luz, escuto o som do teu silêncio só mais um minuto pra não pensar. Só mais um minuto... flutuando em paz, flutuando em si. 18/10/17

Colaboração artística, com Helen Guedes

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Artista: Helen Guedes O olhar distante, pode te parecer vazio, mas por dentro ferve. Fervendo de ideias soltas, ferve de querer. Os braços se cruzam te parece desdém, mas é só essa impotência de tanto amar,  de tanto amor que tem, que imobiliza... Hipnose de quem tem asas e não pode voar.

Relógio*

Passa tanto tempo sem cansar, sem medo, passa correndo por mim. Faz meu caminho cinza liberdade minha a vida sem me sorrir. Passa cansado, desesperado de amor. Passam os dias, sinto um vazio de sabor. No meu relógio o medo se ter mais um segredo que não se pode mais suportar. No meu relógio o medo de ser mais um brinquedo do tempo rei de algum lugar. (...)escrito lá por 2014

Dia de narciso*

Me botei toda pronta num vestido de flor deixei a madeixa solta escolhi bem o batom. Mas não foi pra ti te agradar já não me agrada. vesti meu melhor sorriso me encharquei de bom humor, perfumei meu dia de riso mostrei bem como eu sou Depois de tudo pronto olhei a obra no espelho e vi que era bom. Era bom estar assim tão dentro de mim era bom finalmente ser eu Você me ensinou que um dia de narciso não faz mal a ninguém que pra ser eu mesma não preciso de você, meu bem. Eu vi que era bom Eu vi que era bom

Progresso*

Em progresso no sentido inverso, como se não fosse possível caminhar na mesma direção. Em progresso e sem sucesso na estrada se um 'sem razão', presos no vão dessa nossa liberdade falsa sem limites, falsa, sem perdão. Todos no mesmo erro, todos na mesma fala, sem sentido. Todos no mesmo desejo de ser o maior, de ser o melhor. Todos no mesmo barco, todos no mesmo vacuo sem sentido, sem razão... Presos no vão. 31/10/17

Quando liberto meu cantar(elo)*

Cada gota traz um mar em si Cada palavra expressa o que não cabe em mim E se desfaz em som em notas, sobreposta... linear... Quando liberto meu cantar, cada sopro é prenuncio de inspiração e cada inspiração é assim mais uma mais uma nota da canção que serve e protege os sentimentos, os desejos, a minha paz.